Postagens populares

domingo, 25 de novembro de 2012

O Arches National Park é um capítulo a parte.

Desde 1971, para alegria de todos os viajantes, o Arches se tornou um parque nacional americano. E nos foi dado assim, a maior oportunidade de conhecer um dos lugares mais interessantes que já vi. 

As formações de arcos são causadas pela atuação do vento e chuva por milhões de anos. É impressionante!  Dentro da área do parque (quase 310km2) há mais de 2.000 arcos! Mesmo com essa quantidade de arcos, é possível visitar os principais em um dia. 

Embaixo do South Window Arch!

Por não ser considerado um parque muito grande, as trilhas não são muito extensas (com exceção de algumas trilhas que precisam ser planejadas com antecedência e possuir um bom mapa). A mais longa é a para o Double O Arch, em um total de 6.8km. E a mais famosa é a para o Delicate Arch, mas isso é um post a parte ;) Para quem gosta, dá para visitar o parque de bike. Tanto na estrada de carro, quanto nas trilhas para as formações.                                  
                                                                                                               
                 Balanced Rock!               
No dia de nossa visita, só no fim do dia o sol deu o ar da sua graça e mesmo assim o parque impressionou. Assim como o Rocky Mountain, o Arches possui uma estrada que corta o parque de Sul a Norte, porém conta com somente uma entrada pelo Sul, lá fica também o único visitor center do parque.

Como tinhamos somente um dia reservado ao parque, resolvemos visitar as formações de carro e fazer a trilha do Delicate Arch. Não nos   arrependemos. Como as outras trilhas são pequenas, conseguiamos caminhar e ficar embaixo da maioria dos arcos. Uma experiência muito interessante que indico à todos os viajantes. 

 Double Arch!

Como o parque fica muito próximo a cidade de Moab (aproximadamente 6,5km) é lá onde a maioria das pessoas se hospedam. O bom de ficar na cidade é que se pode visitar dois parques em uma visita só. Uma das entradas do Cannyonlands (que também terá um post a parte) fica quase em frente ao Arches (pega-se uma estrada e depois de aproximadamente 30km, chega-se ao visitors center).
Se hospedando em Moab, você conseguirá fazer algo que fizemos: visitar o parque a noite para ver as estrelas, apesar do frio, valeu cada minuto. As fotos falam por elas!
Park Avenue a noite!
 As três fofoqueiras realmente fofocam a noite inteira ;)

Para quem gosta de acampar, há possibilidade de acampar dentro do parque, mas lembre-se que o camping lota muito rápido. Moab apresenta muitas opções, que acabou sendo a nossa escolha, e o bom é que você acorda com as montanhas vermelhas ao lado. Paz total!

 Nossa casa em Moab, UT! Reparem as montanhas atrás. 
PS: o parque é muito bem adaptado para qualquer idade e condições. A única indicação, assim como a maioria dos lugares nos EUA, é que se tenha um carro. 

A única dica que posso dar é: visite tudo que puder, tenho certeza que não irá se arrepender.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Rocky Mountain National Park: um parque para chamar de seu ;)

Quando começamos nossa road trip, nosso primeiro ponto de parada era o parque nacional de Rocky Mountain (Rocky Mountain National Park), no Colorado. 

 Chegando no parque

Para visitar o parque nos hospedamos em Boulder, a São Tomé das Letras americana. A entrada a leste do parque fica na cidade de Estes Park, no Colorado, mas as cidades com mais estrutura seriam Boulder (40 milhas de distância) ou Denver (65 milhas de distância). Denver é a opção para quem chega de avião. Há ainda a opção de entrada pela área a Oeste do parque, a entrada pelo Grand Lake. Porém, não há uma cidade com estrutura de aeroporto tão próxima do oeste quanto Denver com relação a entrada leste. 

O parque possui uma estrutura muito boa para todo tipo de visitante, mas a única indicação é que se tenha um carro. Sem carro, você fica preso com o transporte do parque, que limita um pouco o seu tempo. Fora isso há toda estrutura necessária para uma visita especial. Se programe e o parque fará sua parte em ganhar seu coração. 

 Lagos no meio da montanha!
A parte mais legal é a estrada que corta o parque de Leste à Oeste, a Trail Ridge Road. A estrada de 40 milhas é a única que carros podem trafegar e nela existem muitos locais para apreciar a paisagem, onde você pode estacionar o carro e tirar quantas fotos quiser. E acredite, cada ponto de observação é diferente do outro. 
Dica 1: Se seu carro puder trafegar em estradas sem pavimentação, dirija pela Old Fail River Road. Uma estrada pequenininha em uma só direção (oeste), mas com pontos lindos e totalmente diferentes. Antes de ir verifique se está aberta ou não, fechada no inverno.

Essa ideia de conseguir conhecer o parque de carro encontrando pontos de observação, o torna muito bem estruturado para qualquer idade. Se você não é fã de trilhas, consegue ver praticamente o parque inteiro. Para quem gosta de fazer trilhas, há 300 milhas de trilhas espalhadas pelo parque. Só tome cuidado com a altitute (para quem escolher fazer trilhas subindo  montanhas), varia muito e você pode sentir tontura e/ou dor de cabeça. Eu e o maridão tentamos fazer uma subindo, mas a altitude me pegou de jeito e não conseguimos terminar. Bom, pela a vista até onde chegamos valeu o esforço.
Dica 2: Saia um pouquinho da estrada para visitar a área do Fall River Visitor Center, foi lá que vi a maior quantidade de veados! Um espetáculo para fechar o dia. Saímos por lá no primeiro dia de visita. 

Na nossa viagem, reservamos dois dias para o parque. No primeiro fizemos a Trail Ridge Road até o Timber Creek, no lado oeste. E no segundo dia, fizemos uma trilha para um glaciar – Andrew’s Glacier – e cruzamos a Trail Ridge novamente saindo pelo Grand Lake. Esse glaciar fica na área do Bear Lake, uma área fechada para carros a maior parte do dia. Só abre pela manhã e no final de tarde. Se quiser, há possibilidade de visitar com o ônibus que sai do Beaver Meadows Visitor Center.

Chegada ao Andrew's Glacier
No parque há 5 visitors centers equipados com banheiros, alguns possuem cafeterias e pontos de informações. No ponto mais alto do parque, há o Alpine Visitor Center. Caso você visite no inverno, fica fechado. Aliás, em cada estação do ano mudam as informações. É muito importante saber onde você está pisando, ainda mais em ambientes extremos como o parque. No site oficial do parque há muitas informações.  Leia bem antes de ir e não fique com vergonha de perguntar. 
Saída pelo Oeste do parque: Grand Lake!



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Como eu disse até logo aos Estados Unidos...



Durante a nossa road trip pelo o estado de Colorado, Utah e Arizona nos EUA, me encantei com diversas cores e formatos. Foi durante essa viagem, por exemplo, que vi o arco íris mais forte na minha vida, e detalhe: era duplo. É incrível como muda-se tanto em apenas alguns quilômetros. Bom, na verdade foram 6.500! 

Nossa ideia era conhecer os parques  de Rocky Mountain,  o Arches National Park, o Cannyonlands National Park, o Monument Valley Navajo Park e o Antelope Canyon no Arizona.  Só consigo dizer uma coisa: melhor roteiro que poderíamos escolher para dar até logo aos EUA depois de dois anos chamando o país de casa. Afinal de contas, voltamos ao Brasil dois dias depois do final da viagem.  Pois é, o lugar que chamei de lar se tornaria um país estrangeiro novamente. 

Nossa primeira parada foi no Rocky Mountain National Park no Colorado. Nunca achei que me surpreenderia tanto com uma paisagem montanhosa. Os tons de cores iam do verde ao amarelo em segundos que meus olhos nem conseguiam capturar. Foi amor à primeira vista <3

 Eu no Rocky Mountain National Park.

O segundo ponto foi um lugar que tocou o meu coração de uma forma diferente. O Arches me mostrou a força e delicadeza da natureza. Suas terras vermelhas me remeteram a outro mundo. Se Marte for realmente todo vermelho, o Arches é sua personificação na Terra. Quando penso em vermelho, sempre pensarei no Arches.  

 Delicate Arch: onde a delicadeza e a força se encontram.
No vizinho do Arches tive outra surpresa, o Cannyonlands é a definição de imensidão. Em tempos de Globalização, onde as distâncias se diminuem, a terra dos cannyons nos fala “ei peraí, o mundo é grande prá caramba!” e eu só tenho a agradecer por sempre ter um lugar novo para conhecer. Obrigada por me mostrar um novo mundo!

No Monument Valley me senti em um filme. Beleza e imensidão definem o local. Finalmente eu tinha chegado ao "Far West", ou o conhecido faroeste.  

 "Three Sisters" no Monument Valley.
No Antelope Canyon tive o maior contato com a terra. Eu estava ali. No meio de uma fenda do mundo. Triste pela forma como estão cuidando de lá mas feliz por ainda assim existir e mais feliz ainda por estar ali. Suspiros! 

 Uma fenda do mundo! Olhando para cima no Antelope Canyon.

E antes que pudesse perceber, a viagem terminou e eu só poderia agradecer pelos meus momentos nesse país um dia chamado estrangeiro. Afinal, foram dois anos de muito namoro entre eu e o meu país estrangeiro além de 16 estados, 27 cidades, 3 road trips, 5 parques nacionais, 4 parques estaduais, 3 corridas, muitos sabores e temperos, excelentes amigos, 1 cidade que chamei de lar e muito amor no coração.
 
Em dois dias nós partiríamos para mais uma aventura: retornar ao Brasil, o nosso país.. Mas não, não consigo chamar os EUA de país estrangeiro. Ele me acolheu, me deu alegrias, tristezas e a certeza de que a cor vermelha já tinha sido adicionada ao meu coração há um bom tempo. Sim, agora meu coração é multicolorido. Obrigada por me apresentar um país tão polêmico na cabeça das pessoas, mas que prá mim, agora, sempre terá um lugar especial.  
 

 Obrigada EUA e até logo! Agora como turista, mas não mais estrangeira ;)